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Recentemente, o JPMorgan rebaixou as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e do BTG Pactual (BPAC11) de uma classificação de compra para neutra, citando um cenário desafiador para o setor bancário brasileiro. Apesar de um desempenho positivo no início do ano, os analistas acreditam que o potencial de valorização das ações é limitado.

Análise do rebaixamento

O rebaixamento das ações do Banco do Brasil e do BTG Pactual reflete uma mudança na perspectiva do JPMorgan após reuniões com líderes do setor financeiro no Brasil. Os analistas expressaram um tom mais pessimista em relação às tendências do setor bancário, prevendo um ano desafiador pela frente.

O Banco do Brasil, que teve um desempenho notável no quarto trimestre, viu suas ações subirem cerca de 17% em 2025. No entanto, o JPMorgan acredita que a ação deve “estacionar” em 2025, sem espaço para novas revisões de lucro ou redução do custo de capital.

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Expectativas para o Banco do Brasil

  • Rendimento: O Banco do Brasil continua a oferecer um bom rendimento, com um múltiplo de cerca de 4 vezes o preço/lucro projetado para este ano.
  • Desempenho futuro: Os analistas esperam que as ações tenham um desempenho melhor mais próximo ao final do ano, mas com um retorno total limitado de 18%.
  • Setor agrícola: Apesar das preocupações, o setor agrícola apresenta uma perspectiva mais positiva, com a expectativa de melhora na produção e nas margens dos produtores.

Desafios para o BTG Pactual

O BTG Pactual também foi rebaixado devido ao potencial de valorização limitado. Embora o banco seja reconhecido como um líder de mercado em vários produtos bancários, os analistas do JPMorgan afirmam que essas forças já estão refletidas no preço das ações.

  • Relação risco-retorno: A relação risco-retorno das ações do BTG está agora mais equilibrada, com múltiplos de 9,2 vezes os lucros estimados para 2025.
  • Crescimento do crédito: O crescimento do empréstimo consignado pode enfrentar desafios em um ambiente macroeconômico mais difícil, especialmente com a inadimplência em alta.

O rebaixamento das ações do Banco do Brasil e do BTG Pactual pelo JPMorgan destaca a cautela em relação ao setor bancário brasileiro. Embora ambos os bancos tenham fundamentos sólidos e uma boa história de longo prazo, a falta de catalisadores de curto prazo e a deterioração da qualidade dos ativos levantam preocupações sobre o desempenho futuro das ações. Os investidores devem estar atentos a esses fatores ao considerar suas estratégias de investimento.