O mercado livre de energia no Brasil alcançou um crescimento impressionante de 67% em 2024, com a adição de 25.966 novas unidades consumidoras. Este aumento marca um recorde histórico, refletindo uma mudança significativa na forma como os consumidores escolhem seus fornecedores de energia.

O que impulsionou esse crescimento?

O crescimento do mercado livre de energia é amplamente atribuído à Portaria 50/2022, que permitiu que consumidores do Grupo A, que inclui aqueles em média e alta tensão, escolhessem seus fornecedores. Essa mudança regulatória abriu as portas para um número maior de consumidores, permitindo que mais empresas e indústrias se beneficiassem de tarifas potencialmente mais baixas e condições de contrato mais flexíveis.

Impacto no consumo de energia

O aumento no número de consumidores livres também se reflete no consumo total de energia. Em dezembro de 2024, o consumo médio atingiu 28.041 MW, um crescimento de 11% em comparação ao ano anterior. Os setores que mais se destacaram foram:

  1. Saneamento básico: 56,7% de aumento no consumo.
  2. Comércio: 19,0% de aumento no consumo.

Novos indicadores e panorama do mercado

A nova edição do Boletim da Energia Livre, publicado pela Abraceel, apresenta um panorama atualizado do mercado livre de energia no Brasil. O boletim agora inclui novos indicadores, como a quantidade de unidades consumidoras varejistas, refletindo a atual configuração do mercado, que está em expansão.

Distribuição geográfica dos consumidores

Os dados também revelam a distribuição geográfica dos consumidores no mercado livre de energia:

  • São Paulo: 20.848 unidades consumidoras.
  • Rio Grande do Sul: 6.189 unidades.
  • Paraná: 5.441 unidades.
  • Rio de Janeiro: 5.152 unidades.
  • Minas Gerais: 4.993 unidades.

Além disso, estados como Pará e Minas Gerais têm uma alta porcentagem de consumidores livres, representando 57% e 56% do consumo de energia elétrica localmente, respectivamente.

O futuro do mercado livre de energia

A Abraceel defende que, a partir de 2026, todos os consumidores de energia, incluindo residenciais, devem ter o direito de escolher seus fornecedores no mercado livre. Essa mudança pode democratizar ainda mais o acesso ao mercado, permitindo que mais brasileiros se beneficiem de tarifas competitivas e serviços personalizados.

O crescimento do mercado livre de energia no Brasil não apenas representa uma mudança significativa na forma como a energia é consumida, mas também sinaliza um futuro promissor para a competitividade e a eficiência no setor energético.