O BTG Pactual anunciou a aquisição da unidade brasileira do banco suíço Julius Baer por R$ 615 milhões. A transação, que deve ser concluída no primeiro trimestre de 2025, representa um passo significativo na estratégia de expansão do BTG no segmento de gestão de fortunas, aumentando seus ativos sob gestão para mais de R$ 100 bilhões.

Principais pontos

  • Valor da transação: R$ 615 milhões.
  • Ativos sob gestão: Julius Baer Brasil possui R$ 61 bilhões em ativos.
  • Expectativa de conclusão: Primeiro trimestre de 2025, sujeita a aprovações regulatórias.
  • Impacto no BTG: Aumento dos ativos sob gestão para mais de R$ 100 bilhões.

Contexto da aquisição

A aquisição da Julius Baer Brasil ocorre em um momento de reestruturação para o banco suíço, que enfrentou desafios financeiros nos últimos anos, incluindo perdas significativas relacionadas a investimentos problemáticos. O Julius Baer, que abriu suas operações no Brasil em 2005, já havia adquirido dois dos maiores family offices do país, a GPS e a Reliance, fundindo-os em 2020.

O que muda para o Julius Baer

Apesar da venda, o Julius Baer continuará a atender seus clientes brasileiros a partir de outras localidades, mantendo sua operação internacional intacta. A decisão de vender a unidade brasileira foi motivada pela necessidade de aprimorar as capacidades de investimento e atualizar a tecnologia, conforme declarado por Carlos Recoder, chefe da divisão de Américas e Ibéria do Julius Baer.

Oportunidades para o BTG Pactual

Com a aquisição, o BTG Pactual reforça sua posição no mercado de wealth management, que tem se tornado cada vez mais competitivo no Brasil. O banco já possui uma operação de multifamily office com mais de R$ 40 bilhões em ativos sob gestão, e a integração da Julius Baer Brasil permitirá uma expansão significativa nesse segmento. A transação é vista como uma oportunidade para o BTG aumentar sua base de clientes de alta renda e oferecer uma gama mais ampla de serviços financeiros.

Expectativas do mercado

Analistas do setor consideram a aquisição positiva para o BTG, destacando que a operação pode gerar sinergias e aumentar a eficiência no atendimento a clientes de alta renda. A transação também é vista como um reflexo da confiança do BTG no potencial do mercado brasileiro, que continua atraindo investimentos devido à crescente demanda por soluções financeiras personalizadas.

A conclusão da transação está sujeita à aprovação do Banco Central do Brasil e de outros órgãos reguladores, mas a expectativa é de que o negócio seja finalizado rapidamente, dada a urgência do BTG em expandir sua atuação no setor de gestão de fortunas