O Banco do Brasil, uma das maiores instituições financeiras da América Latina, apresentou um crescimento significativo em seu lucro ajustado no segundo trimestre de 2024, refletindo uma gestão financeira robusta e um ambiente econômico desafiador. Com um lucro líquido ajustado de R$ 9,50 bilhões, o banco superou as expectativas do mercado e ajustou suas previsões de crescimento de receita de juros para o próximo ano.

Principais pontos

  • Lucro líquido ajustado de R$ 9,50 bilhões no segundo trimestre de 2024, um aumento de 8,2% em relação ao ano anterior.
  • Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 21,6%, ligeiramente acima do ano anterior.
  • Aumento na previsão de crescimento da receita de juros para 10% a 13% em 2024.
  • Provisões para perdas de crédito ajustadas para R$ 31 bilhões a R$ 34 bilhões.
  • Expectativa de aumento nos dividendos, mas cautela em relação a um payout de 50%.

O Banco do Brasil reportou um crescimento de 8,2% em seu lucro ajustado no segundo trimestre de 2024, alcançando R$ 9,50 bilhões, superando a previsão de R$ 9,24 bilhões feita por analistas. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) também apresentou um leve aumento, passando de 21,3% no ano anterior para 21,6%.

O total da carteira de empréstimos do banco subiu para R$ 1,18 trilhões, um crescimento em relação aos R$ 1,14 trilhões do primeiro trimestre. No entanto, a inadimplência acima de 90 dias aumentou para 3%, em comparação com 2,9% em março.

Perspectivas de dividendos

O Banco do Brasil tem atraído a atenção dos investidores devido ao seu histórico de pagamento de dividendos. Recentemente, o banco aumentou seu payout de 40% para 45%, mas o CFO, Geovanne Tobias, alertou que é cedo para considerar um aumento para 50% devido a questões regulatórias e a implementação da fase 2 da Basileia 3, que exigirá ajustes significativos de capital.

Os analistas projetam que o Banco do Brasil continuará a ser um dos principais pagadores de dividendos no setor bancário, com um dividend yield estimado de 10,77% até o final de 2025 e 12,03% em 2026. A XP também reforçou a expectativa de que o banco pagará os maiores dividendos do setor nos próximos anos.

Desafios e oportunidades

Apesar do desempenho positivo, o Banco do Brasil enfrenta desafios relacionados à sua governança e à percepção do mercado. A interferência política e a expectativa de mudanças na liderança a cada quatro anos podem impactar a avaliação do banco em comparação com instituições privadas. No entanto, a forte cultura de governança e a estabilidade na gestão são vistas como fatores positivos para a continuidade do crescimento e da valorização das ações do banco.

Em resumo, o Banco do Brasil se destaca por sua sólida performance financeira e perspectivas de dividendos, mas deve navegar por um ambiente regulatório e político complexo para maximizar seu potencial de crescimento.