O banco Bradesco foi condenado a indenizar uma cliente de Goiânia em decorrência de um golpe que resultou em perdas financeiras significativas. A decisão foi proferida pelo 5º Juizado Especial Cível da capital, após a mulher ter sua conta hackeada e sofrer um empréstimo fraudulento.

O golpe e suas consequências

Em novembro de 2024, a cliente recebeu um SMS informando sobre uma compra não realizada e um empréstimo em seu nome. Ao clicar no link contido na mensagem, sua conta foi hackeada, permitindo que golpistas realizassem transferências via Pix.

A mulher alegou que o banco demorou a bloquear transações que totalizavam cerca de R$ 23 mil, o que agravou ainda mais sua situação financeira. Ela argumentou que houve uma falha grave nos serviços prestados pelo Bradesco, uma vez que o empréstimo foi liberado sem sua autorização.

A defesa do Bradesco

Em sua defesa, o Bradesco argumentou que as transferências via Pix são de responsabilidade exclusiva do titular da conta, pois requerem senha pessoal, biometria ou chave de segurança para serem autorizadas. No entanto, o juiz Fernando Luiz Dias Morais Fernandes considerou que o banco não tomou a iniciativa de resolver o problema e não cumpriu com o dever de garantir um sistema seguro.

A decisão judicial

O juiz concluiu que o Bradesco falhou em proteger a conta da cliente, permitindo que um simples link fraudulento resultasse em acesso total às suas transações. Como resultado, declarou a inexistência de débitos no valor de R$ 46.990,31 e determinou que o banco pagasse R$ 4 mil em indenização por danos morais.

Implicações para os consumidores

Este caso levanta questões importantes sobre a segurança das contas bancárias e a responsabilidade dos bancos em proteger seus clientes contra fraudes. A decisão judicial pode servir como um alerta para outras instituições financeiras sobre a necessidade de implementar medidas mais rigorosas de segurança e proteção ao consumidor.

A condenação do Bradesco também destaca a importância de os consumidores estarem cientes dos riscos associados a mensagens de texto e links suspeitos, além de reforçar a necessidade de agir rapidamente em caso de suspeita de fraude.