O Itaú Unibanco anunciou o fechamento de 212 agências em 2024, refletindo uma tendência crescente de digitalização no setor bancário. Apesar da redução de agências, o banco está investindo em tecnologia e aumentando sua força de trabalho na área, o que levanta questões sobre o futuro do emprego no setor.
O impacto do fechamento de agências
O fechamento de agências pelo Itaú, assim como por outros grandes bancos como Bradesco e Santander, é parte de uma reestruturação que visa reduzir custos e se adaptar à crescente digitalização dos serviços financeiros. O Itaú, por exemplo, encerrou 212 agências, resultando em um total de 2.272 postos de atendimento.
Essa mudança não é isolada; outros bancos também estão seguindo o mesmo caminho. O Bradesco, por exemplo, fechou 1.783 agências entre 2019 e 2023, enquanto o Santander encerrou 374 pontos de atendimento no mesmo período. Essa tendência levanta preocupações sobre o futuro dos empregos no setor bancário, especialmente para os trabalhadores que dependem das agências físicas.
Investimentos em tecnologia
Apesar do fechamento de agências, o Itaú está aumentando sua equipe na área de tecnologia, com um acréscimo de 500 funcionários, totalizando 96,2 mil colaboradores. Esse movimento é uma resposta à necessidade de inovação e adaptação às novas demandas do mercado, onde a digitalização se torna cada vez mais essencial.
Os gastos com pessoal do Itaú também aumentaram, atingindo R$ 7,1 bilhões no quarto trimestre de 2024, um crescimento de 8,5% em relação ao ano anterior. Esse aumento é atribuído a acordos coletivos e a um pagamento maior de participação nos resultados, além de um crescimento na contratação de serviços de terceiros.
Resultados financeiros
O Itaú Unibanco registrou um lucro líquido gerencial de R$ 10,884 bilhões no quarto trimestre de 2024, representando um aumento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem financeira com clientes também subiu 8,3%, alcançando R$ 28,484 bilhões. Esses resultados financeiros positivos contrastam com o impacto negativo do fechamento de agências sobre os trabalhadores, gerando insatisfação e mobilização entre os funcionários.
O futuro do setor bancário
O fechamento de agências e a reestruturação do setor bancário refletem uma transformação impulsionada pela digitalização e pela busca por eficiência. No entanto, a crescente insatisfação entre os trabalhadores destaca a necessidade de um equilíbrio entre inovação e responsabilidade social. A pressão por melhores condições de trabalho e a defesa dos empregos estão se tornando cada vez mais relevantes no contexto atual.
Diante desse cenário, a Campanha Nacional Unificada, que busca melhores condições para os trabalhadores do setor, ganha força, evidenciando a importância de se considerar o impacto social das decisões empresariais no setor financeiro.