O BTG Pactual, um dos principais bancos de investimento do Brasil, prevê que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos realizará um corte adicional nas taxas de juros em 2025. Essa previsão surge em meio a um cenário de incerteza inflacionária e políticas tarifárias que continuam a impactar a economia global.

Cenário econômico e previsões

O banco BTG Pactual destaca que, apesar de um ambiente econômico resiliente, a inflação continua a ser uma preocupação. A expectativa é que o Fed, ao avaliar as condições econômicas, opte por um único corte nas taxas de juros em 2025. Os analistas do banco afirmam que a trajetória de queda das taxas nominais está limitada devido à persistência de tendências inflacionárias.

A análise do BTG sugere que a combinação de uma atividade econômica robusta e a dificuldade em reduzir a inflação para a meta de 2% torna a situação desafiadora. Além disso, as políticas inflacionárias da administração anterior dos EUA, sob Donald Trump, podem ter efeitos duradouros sobre a economia.

Expectativas para o PIB

O BTG Pactual projeta que o PIB dos Estados Unidos e do Brasil crescerá acima de 2% em 2025. Essa previsão é otimista, considerando que muitos países desenvolvidos enfrentam desafios econômicos mais significativos. O crescimento do PIB brasileiro, em particular, é visto como um sinal positivo em meio a um cenário global incerto.

Desafios inflacionários

A inflação de habitação e o aumento dos preços dos serviços financeiros são citados como fatores que podem complicar as perspectivas de inflação. O BTG observa que a inflação de habitação está se mostrando mais resiliente do que o esperado, o que pode impactar as decisões do Fed em relação às taxas de juros. Além disso, os riscos associados a tarifas e políticas de imigração também são considerados relevantes para a análise econômica.

Conclusão

Em resumo, o BTG Pactual antecipa um cenário de cautela por parte do Fed em 2025, com um único corte nas taxas de juros previsto. A inflação e as políticas econômicas continuarão a ser fatores críticos que influenciarão as decisões do banco central americano. O crescimento do PIB, tanto nos EUA quanto no Brasil, é uma luz no fim do túnel, mas os desafios inflacionários permanecem como um obstáculo significativo.