A Polícia Federal (PF) deflagrou duas operações, X-Ray e Bazófia, nesta quinta-feira (28), visando desarticular organizações criminosas que fraudavam a Caixa Econômica Federal (CAIXA) em diferentes estados do Brasil. As operações resultaram na prisão de 14 pessoas e na recuperação de valores significativos que haviam sido desviados.
Principais pontos
- A Operação X-Ray focou em fraudes relacionadas a precatórios judiciais, com saques de mais de R$ 20 milhões.
- A Operação Bazófia desmantelou um esquema que desviava recursos do Auxílio Emergencial, com 14 prisões e 19 mandados de busca e apreensão.
- As investigações revelaram a atuação de núcleos internos e externos, além de um esquema de lavagem de dinheiro.
Operação X-Ray: Fraudes em precatórios
A Operação X-Ray foi realizada em Gurupi, no sul do Tocantins, e teve como alvo uma organização criminosa que fraudava a CAIXA para realizar saques milionários de precatórios judiciais. A investigação revelou que o grupo conseguiu sacar R$ 20.861.350,56, que deveria beneficiar empresas de serviços médicos no Rio de Janeiro.
Os saques foram realizados por meio de fraudes documentais, com a participação de advogados e funcionários da CAIXA. A PF cumpriu seis mandados de busca e apreensão e bloqueou valores em contas bancárias. Apesar de parte do valor ter sido recuperada, o prejuízo aos cofres públicos ultrapassa R$ 5 milhões.
Operação Bazófia: Desvio do Auxílio Emergencial
Simultaneamente, a Operação Bazófia foi deflagrada em Teresina (PI) e Bacabal (MA), visando uma organização criminosa que desviava recursos do Auxílio Emergencial. A PF mobilizou cerca de 90 agentes para cumprir 14 mandados de prisão e 19 de busca e apreensão.
Os criminosos acessavam contas de beneficiários do Auxílio para realizar pagamentos fraudulentos, drenando os recursos das vítimas. Os valores eram transferidos para contas de “laranjas” e utilizados na compra de bens de luxo. O esquema de lavagem de dinheiro operava por meio de empresas de fachada, ocultando a origem ilícita dos recursos.
Consequências e investigações futuras
Os envolvidos nas operações podem responder por crimes como organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 30 anos de reclusão. A PF continua investigando para identificar outros possíveis integrantes das organizações criminosas e aprofundar as apurações sobre o destino do dinheiro desviado.
As operações X-Ray e Bazófia são parte de um esforço maior da Polícia Federal para combater fraudes financeiras e proteger os recursos públicos, especialmente em tempos de crise econômica e social.