Na manhã de 19 de novembro de 2024, a Polícia Federal deflagrou a Operação Internus, visando combater um esquema de fraudes que causou prejuízos superiores a R$ 900 mil à Caixa Econômica Federal. A operação, que ocorreu em Fortaleza e Redenção, no Pará, resultou na execução de seis mandados de busca e apreensão, e é fruto de uma investigação que começou após relatos de movimentações suspeitas na agência da Caixa em Fortaleza.

Principais pontos

  • A operação foi realizada em resposta a fraudes internas na Caixa Econômica Federal.
  • Mais de 5.000 comandos fraudulentos foram identificados entre junho de 2022 e janeiro de 2023.
  • O esquema envolveu dados de cerca de 3.000 clientes.
  • As fraudes foram realizadas por um funcionário da agência, utilizando credenciais internas.
  • As penas para os crimes investigados podem ultrapassar 25 anos de reclusão.

O que aconteceu na operação?

A Operação Internus foi desencadeada após a análise de informações da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal (CEFRA). Os dados indicaram que um funcionário da agência em Fortaleza estava utilizando suas credenciais para realizar operações fraudulentas, como transferências via PIX, saques e pagamentos de boletos, sem a presença dos clientes.

As fraudes ocorreram em um período de aproximadamente sete meses, resultando em um golpe que afetou milhares de clientes e causou um grande prejuízo financeiro à instituição.

Como funcionava o esquema?

O esquema criminoso se baseava em:

  • Uso indevido de credenciais: O funcionário da agência utilizava suas credenciais para acessar o sistema interno da Caixa.
  • Operações manuais: As transações eram realizadas manualmente, sem a necessidade da presença física dos clientes.
  • Dados de clientes: Aproximadamente 3.000 clientes tiveram seus dados utilizados nas fraudes.
  • Movimentações suspeitas: A análise de videomonitoramento e transações suspeitas indicou a participação de outros indivíduos no esquema.

Crimes investigados

A investigação da Polícia Federal abrange diversos crimes, incluindo:

  • Associação criminosa: Envolvimento em um grupo organizado para cometer fraudes.
  • Peculato: Apropriação indevida de bens ou valores públicos.
  • Inserção de dados falsos: Alteração ou inclusão de informações falsas em sistemas de informações.

As penas máximas para esses crimes podem somar mais de 25 anos de reclusão, refletindo a gravidade das ações e a necessidade de coibir fraudes no sistema bancário.

Conclusão

A Operação Internus destaca a importância da vigilância e da colaboração entre instituições financeiras e autoridades para combater fraudes. A Polícia Federal continua a investigar o caso, buscando identificar todos os envolvidos e esclarecer a extensão do esquema criminoso. A ação é um passo significativo na luta contra a criminalidade financeira no Brasil.