A partir de 1º de novembro, a Caixa Econômica Federal implementará novas regras para o financiamento imobiliário, afetando a forma como os brasileiros podem adquirir imóveis. As mudanças incluem um aumento no valor de entrada exigido e limites no valor financiado, refletindo a crescente demanda por imóveis e a diminuição dos depósitos na caderneta de poupança.
Principais pontos
- Limite de financiamento de até R$ 1,5 milhão para imóveis.
- Aumento do valor de entrada para 30% no sistema SAC e 50% no sistema Price.
- Proibição de múltiplos financiamentos habitacionais ativos com a Caixa.
- As novas regras não afetam contratos já existentes.
Mudanças nas regras de financiamento
As novas diretrizes estabelecem que:
- Limite de financiamento: A Caixa financiará a compra ou construção de imóveis com valor de avaliação ou compra e venda limitado a R$ 1,5 milhão.
- Valor de entrada:
Exemplos práticos
Para ilustrar as mudanças, considere um imóvel avaliado em R$ 800 mil:
Sistema | Financiamento anterior | Financiamento novo | Entrada anterior | Entrada nova |
---|---|---|---|---|
SAC | R$ 640 mil (80%) | R$ 560 mil (70%) | R$ 160 mil (20%) | R$ 240 mil (30%) |
Price | R$ 560 mil (70%) | R$ 400 mil (50%) | R$ 240 mil (30%) | R$ 400 mil (50%) |
Razões para as mudanças
As alterações nas regras de financiamento foram motivadas por:
- Aumento da demanda: O mercado imobiliário brasileiro tem visto um crescimento significativo na procura por imóveis.
- Saques da caderneta de poupança: Desde julho, a caderneta tem registrado mais saques do que depósitos, impactando a disponibilidade de recursos para financiamento.
Impacto no mercado
A Caixa Econômica Federal é responsável por cerca de 68% do financiamento habitacional no Brasil, com uma carteira de crédito habitacional que já ultrapassou R$ 800 bilhões. Até setembro de 2024, o banco concedeu R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, um aumento de 28,6% em relação ao ano anterior.
Essas novas regras visam equilibrar a oferta e a demanda no mercado, garantindo que a Caixa continue a atender as necessidades dos brasileiros que buscam a casa própria, mesmo diante de um cenário econômico desafiador.